Sensações Corrupção e Desigualdade Económica

O Mar do Norte sob o Luar - Caspar David Friedrich
Maria estava a caminho do emprego e, ainda no machibombo, pegou no telemóvel, para dizer a uma amiga que estava com uma sensação estranha.
O gestor de greves, dum dado sindicato, foi supostamente obrigado a persuadir os associados a aderirem em massa a uma greve encomendada, e estava profundamente sentido.
O director geral da OIT (Organização International do Trabalho), sr. Guy Rider, afirmou no programa Quest means Business da CNN, que o gap entre ricos e pobres é enorme, provocando isto uma desigualdade sob o ponto de vista de justiça social; depois existe também um fossso entre as grandes empresas e as PME (Pequenas e Médias empresas) - i.e. as primeiras não estão a reinvestir os seus biliões, e as segundas não conseguem crédito bancário para continuar com as suas actividades. Por estas duas razões o mundo está na eminência de uma inquietação laboral generalizada; e esta situação está a tornar-se preocupante.

Quanto à Maria (que não imaginava que quando chegasse ao seu local de trabalho iria ser despedida [devido à sua preguiça crónica]): porque estaria o cérebro a enviar-lhe o sinal de estranheza; teria sido algo que no machibombo estivesse a ser visto, cheirado, ouvido, dito ou teria sido um ligeiro contacto físico que tivesse provocado essa informação sensorial?

Se o trabalho do sindicalista é organizar e supervisionar greves, porque estará o cérebro a dar-lhe indicação de mágoa? Terá sido a mudança do padrão ou o facto dele ter aceitado a “encomenda” ainda que sabendo que recaía sob o foro da corrupção?
Por exemplo, essa greve geral dos professores (proposta para calhar em cima dos exames nacionais) é, na minha opinião, um vazio ético porque falta-lhes o senso analítico; algo que os faça entender que os examinandos percorrem um processo de pressão mental desde os dias que antecedem as provas até a fixação dos resultados das mesmas. Logo estamos perante pseudo-cientistas com uma agenda política obscura, cuja finalidade, ainda que gratuíta, é acicatar sentimentos anti-governamentais.
Talvez, o sindicalista seja filho de boa gente, ao fim e ao cabo... quem sabe?
 
Porque será que o cérebro do Director Geral da OIT está a reforçar a mensagem de que sua excelência (Deus abençoe o seu coração) é um romântico incurável?
Desde 1919 que andamos na dança dos ricos têm cada vez mais e os pobres cada vez menos e por conseguinte a não justiça social. Eu proponho que se mude de narrativa, senão vejamos: os ricos estão cada vez mais ricos porque trabalham mais, sabem onde e como investir as sua poupanças; os ditos pobres estão cada vez mais pobres porque os legisladores condenaram-nos ao martírio com a criação do estado-social onde se distribuem subsídios desenfreadamente - assim ninguém se esforçará para criar riqueza; nem para si nem para o país.
Desigualdade económica entre as grandes empresas e as PME “c’est la vie et la loi du marché”.
Quanto às grandes corporações não reinvestirem o seu dinheiro no mercado do trabalho: essa gente tem todo o direito de ficar sentada sobre o suor do seu trabalho, principalmente porque os políticos querem-na fazer pagar pela sua incompetência legislativa e fazê-la sentir-se um monstro devido ao seu sucesso empresarial. Quanto a utilizarem parte das sua poupanças para pagar salários milionários aos gestores que em trocam as tornam bilionárias, eu só tenho a dizer ao futuro de qualquer país: estuda, empenha-te, escolhe uma especialização e vai criar riqueza para ti e para o teu país.

Portanto, a sensação da Maria, a mágoa do sindicalista e a preocupação do mr. le Directeur General du OIT, não passam de manifestações sensoriais porque não são seguidas de medidas para racionalizar as suas percepções.

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